domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ouse

Hoje ousei sonhar. Pensar,  planejar um futuro propício pra mim. 
Não sei se temo meu futuro ou ainda mais o meu presente.
Não vivo esperançada naquilo que vejo, porque aliás eu não vejo nada.
Tenho esperança na utopia da realização dos sonhos.



Por: Évilin Melo


Data Original: Outubro/2007





O tempo.

O tempo responde todas as perguntas. Cessa rancores antigos e restaura sonhos perdidos. O tempo nos leva a decidir. Decidir deixar, ficar, mudar. Definir lugar, mudar de lugar ou ambiente não é o problema, o problema é decidir o que fazer em outro lugar. O tempo ajuda a remoção da angústia. Ele estará sempre presente em nossas vidas seja ela física ou espiritual.



Por: Évilin Melo

Data Original: 20/10/2007

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Contradição das palavras no sentimento.

O que será que vale mais? O lucro? Ou o processo da venda?
Será que ir ate o fim de tudo é o que vale? E quando dizem: “- mesmo que não me dê nada em troca, vale a pena tudo que te dou”. Será mesmo?
Doce ou salgado? Amar ou odiar? Duas propostas, uma escolha. Qual vale mais?
Amar se compromete com tanta coisa. Se submeter a perder, porque ganha. Segundo os apaixonados – de repente eu mesma -, preenche tanto a ponto de não ter nada de si e ter tudo do outro. Não parece loucura?
Odiar. É nada. Sem experiências. Sem compromisso. Só, vazio.
E no profundo de um tudo me vejo em nada. Vida nova? Nova Vida? As ordens das palavras alteram minha condição?
As decisões foram tomadas e as situações são como um reflexo no espelho, só o meu cabelo muda. Vida versátil.


Por: Évilin Melo


Adaptação 27/01/2011

Talvez seja isso que eu precise: Me sentir

O que existe em sentir cada lado do seu corpo?
numa busca constante que me parace nunca ter fim, dei de cara com o novo. Isso me assusta. De ímpeto aceitei, como nunca na vida.
Sinto meu corpo totalmente frágil e ao mesmo tempo tão forte. Contradição terrível.
Me passam lembranças, me nego acreditar que são iguais ao hoje. Desejo descobrir, e também não me importar. De fato já não posso mais condená-lo, meu corpo agora tem vontade própria bem como minhas emoções. Não me ouvem mais. O que eles querem é sentir e viver a proposta do novo sentimento e sua realidade, e eu que me resolva depois.
No fim das contas já estou encharcada, pois mergulhei nesse mar de sentimentos e apesar de tudo ainda me realizo quando nado nas suas águas.

Por: Évilin Melo


Data original: 26/01/2011

Dentro da armadura, sou uma menina..

E lá vai ela mais uma vez acreditando na motivação... Foi ela, correndo riscos, apostando.
Na mente tem algo que ela não consegue entender que paralisou e ali ficou, permaneceu. Mudo, errado e doloroso. Mas continuou... Sem querer olhar pra trás ela foi-se embora.
Tinha impressão que o cotidiano não era a seu favor, e que seus interesses não importavam pra ninguém mais, além dela mesma.
Saiu em busca de direções certas, tentando desviar-se de caminhos errados.
Tombando, caindo e erguendo-se a cada queda.
Sem cansar,  lutando e acreditando como cego em tiroteio.
E nas batalhas a armadura já lhe era pesada.
As emoções, a levavam pra lá e pra cá.
Os seus momentos de tristeza agora eram mais constantes, seu rosto molhava-se com mais freqüência.
Dias ela pensava em desistir, e nos mesmos não queria se arrepender de lutar por um sonho arrebatador, mesmo que aos seus olhos isso fosse impossível. Encantada como uma menina continuou até que um dia, não mais.

Por: Évilin Melo



Data Original: 21/10/2008

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Á Espera do Vôo..

Parecia uma linda manhã de sol. E na verdade era uma linda manhã de sol. Não era verão, e sim primavera. As árvores, o vento suave que balançava as flores e folhas que eu pousava dizia que era primavera. Tudo que revelava aquela grandeza era real. E estava tudo ali, diante de mim e para mim. Eu era uma linda borboleta que saíra do casulo há poucos dias e estava aprendendo a voar. E eu voava, voava... Sentia o perfume das flores, e o gosto do néctar. Minhas asas eram lindas e coloridas e possuía um tom de verde que eu gosto. Era lindo! Eu gostava de viver no ar, e acreditar que tudo era meu e tudo estava ali diante de mim e para mim. Mas as folhas secas do outono anunciaram o inverno. O que era sol ficou escuro nem sequer a lua apareceu para ser minha companheira. Eu não consegui enxergar as flores, nem sentir o cheiro delas. E o néctar? Ah, o néctar só conseguia lembrar do seu delicioso gostinho. Minhas asas não tinham mais o mesmo tom de verde, eu me molhei, pois chovia muito. O vôo para mim, uma utopia. Fui obrigada a aterrissar. Hoje piso no chão.
Mas ainda sou uma borboleta.


Por: Évilin Melo
Data Original : 24/06/2010