quarta-feira, 12 de setembro de 2012

É o Fim


As escrituras não mentiam quando nos alertavam sobre os acontecimentos e o tempo do fim. Em pleno século XXI, vemos tantas rotas sendo mudadas, onde valores significam quantidade e onde ‘anjos’ pregam uma palavra qualquer sobre abundância recheada de bênçãos. Ainda ouvimos rumores sobre crianças aidéticas e cancerosas, mães são mortas por não poderem sustentar os vícios dos seus filhos, família é sinônimo de contrato milionário, pais tiram a virgindade de suas próprias filhas, onde cada um agora é por si, e Deus é apenas distância, caso de urgência ou troca de fé entre um fiel e seu compromisso financeiro. Tantos meios têm sido usados ultimamente para propagar, qualquer coisa baseada em ninguém vai descobrir, e são tantos apelos a sermos mantenedores, para sustento de tal veículo, que se essa verba fosse usada em pregar a Palavra de Deus de maneira mais simples, quantos salvos já não teríamos, ou quem sabe uma melhor saúde mental sobre Reino de Deus.  São tantas frases professadas de maneira errônea que é difícil acreditar que o mesmo homem que pregam é o mesmo que entrou em Jerusalém montado num jumentinho. Será que essas tais bênçãos deveriam alcançar a todos, já que estamos falando de uma geração que segue Jesus? E se tal riqueza chega até nós, por que ela não é compartilhada entre nós, já que o que temos aprendido é sobre um padrão de vida vivida por Jesus na época dos apóstolos? Isso deveria ser mais claro. São tantos espalhados no mundo, que já virou epidemia. A bíblia nos revela especificamente no livro de Atos dos Apóstolos, o que o próprio título do livro nos descreve claramente: atos e atitudes dos apóstolos de Jesus. Em todos os seus muitos momentos: “eram constantes em orações, no amor, no partir do pão”... Especificamente no capitulo 2: 42 ao 47, o livro descreve como viviam os novos convertidos e ressalta logo no início: “ e perseveravam firmes na doutrina dos apóstolos”... Nos versículos finais ele explica de forma geral o modo de vida dos apóstolos, “vendiam suas propriedades e repartiam tudo o que tinham”... O que é admirável, por que aquelas pessoas respaldavam os discípulos de Jesus em tudo, pois ao longo de sua conversão se tornaram imitadoras daqueles que ensinavam não só pregando, mas também vivendo. É inevitável não perguntar: será que é o mesmo Jesus que está aclamado? O que nós estamos fazendo com tamanho esforço, com tamanha obra que esses apóstolos levaram anos para que esta doutrina chegasse até nós? Essa é a resposta que damos a eles que pagaram com suas vidas por essa Palavra? Em pleno século XXI, onde todos deveriam aguardar a volta de Jesus e alguns nem esperam muita gente acredita que o verdadeiro evangelho limita-se em esperar a limusine que “Deus” me prometeu - não falo de resultado de esforço e muito trabalho – mas de negociar com o que é santo. Ananias e Safira por muito menos foram consumidos. Mas, quem se importa se está na bíblia ou não? Quem se importa se nos últimos dias surgiram doutrinas que não vem dos céus? Deus mandou maná para o povo no deserto e eles pediram carne. Isso é terrivelmente triste, a bíblia está claramente banalizada, e trocada por conceitos humanos. Pessoas depositam sua fé financeira como troca por ouvir “Deus” falar. Onde foi parar: “Dai de graça o que de graça recebestes” e “No Reino dos céus o maior serve ao menor”? Será que precisamos de mais clareza além do exemplo dado pelo próprio Jesus lavando os pés de Pedro? Não pretendendo uma extensão mais aguçada do texto, limito-me apenas em um trecho de uma canção que diz: “Pregadores de rosas, pregue os espinhos também”.


Por Évilin Melo