Nada melhor de começar a primeira postagem de 2013, relatando esse acontecimento.
Diga-se de passagem, que eu não sou merecedora de ganhar absolutamente
nada, quanto mais um mimo. Esse fim
de semana, fui conversar com alguém tão especial pra mim e o qual eu admiro
tanto, que em questão me constrangi. Puxei a cadeira, e sentei-me pensando eu
que não poderia me surpreender mais, não pela capacidade do outro, porém, pela minha
de talvez limitar a forma humana, suas ações e seus sentimentos. Tão logo me
acomodei e ganhei uma trufa com a seguinte frase: “já que você não pôde comparecer,
eu trouxe uma trufa pra você experimentar um pouco do que aconteceu naquele dia”,
parei, um emaranhado de sentimentos veio à tona tão rapidamente, e só conseguia
escutar as batidas de um coração que naquele momento, além de mais nada, se
sentia imerecido por um ato tão grande, majestoso e só mesmo quem entende o
poder de uma liderança sabe do que estou “falando”. O local estava
completamente preenchido de pessoas e automóveis, e eu só conseguia enxergar o
sabor daquela trufa, que nem mesmo tinha mordido, mas a podia sentir tão fortemente em meu paladar,
e a delícia que me tinha feito ao me ensinar de imediato que é bem melhor dar
do que receber. O que mais eu podia esperar de uma pessoa, que, como citei
outrora, já admiro e tudo o quanto ela fizer já me toca profundamente, mas não,
ainda conseguiu superar toda a expectativa. E ainda, estarrecida fiquei, quando
pesei na balança, tudo o quanto faltei a ela nos ultimos momentos, que eu deveria estar lá com ela e eu não
estava. O sabor de uma trufa pode parecer normal pra muitos, e às vezes o é,
entretanto, não aquela, aquela além de doce, tem gosto de aprendizado, o melhor
que já experimentei, o sabor que nunca vou esquecer. Ela, com todos os direitos, de
por outra forma, me “empurrar no canto da parede”, não o fez, e a pergunta é simples
e é a mesma: por quê? Sem intermediações, a resposta é mais simples ainda: - por que essa pessoa é
assim, naturalmente ela é assim, sem superficialidade, com defeitos sim, “humanamente
humana” (risos), ela é assim. Posso não retribuir e talvez não mudar o que fui, mas, a verdade é que dessa forma, não é esforço algum,
simplesmente se ela me permitir tentar, mudar o que sou e o que serei, aprender com ela, e não apenas isso, caminhar
ao dela ao longo desses muitos anos que nos virão. Com isso, entendo perfeitamente o poder dessa
frase:
Dedico à Fabiana Sousa
Por Évilin Melo
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