Não é que eu não quero. Eu quero sim e quero muito.
Quero as coisas normais que todos fazem, e também as minhas que são singulares.
E talvez por querer tanto me mato a cada dia na cobrança de o querer. E morro aos poucos e ninguém percebe. Mas se começar já é difícil, imagino o recomeçar como não deve ser. Não consigo me lembrar qual foi a ultima vez que recomecei e de onde extraí forças. Só lembro que deu certo, mas parece que perdi a receita, coisa assim. Sei que daqui a algum tempo eu vou me expor mais e as pessoas vão começar a me notar.Mas não era o que eu queria. O que eu queria mesmo ser, não sou. E fico tão revoltada comigo. Porque isso? Porque aquilo? Tem peso demais sobre mim e quando me olho, não estou carregando nada. Parece coisa de gente louca. E ainda assim as pessoas me admiram e talvez até devesse admirar mais se entendessem como anda meu emocional. Mas não é isso que eu quero, glória, reconhecimento, não. Nada disso me importa, pelo menos não nesse momento. O que eu quero é vida. É ar, oxigênio, perigo. Sentir e viver a vida que eu sei que ainda não tenho. E tenho, mas só observo e 'vivo' sem respirar. Sei que isso é o meu momento, mas o que me intriga é que já tive vários deles e sinceramente eu os odeio. Queria poder exterminá-los de mim. Mas seria como fugir de mim mesma. Queria entender como tudo começou e porque tudo começou. Parece que voltou. Odeio ser assim e amo ser como sou.
Por: Évilin Melo
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