quarta-feira, 23 de março de 2011

A Ponto de Jogar-me

É um daqueles dias...
Não tem chão debaixo dos meus pés.
As feições da minha face perderam sua forma natural e seus sentidos. As lágrimas não me servem como banho na alma, e o meu corpo estremece ao passo que cada uma delas cai.
A impressão que eu tenho é que enterro alguém, que ainda vive e não vai embora tão cedo...
Eu tenho medo se o amanhã chegar, trazendo um futuro que eu nunca quis. Difícil será entender viver o presente no futuro.
Abrir uma janela que fechará muitas portas.
Logo me desfaço de ‘sonhos’ e vivo a vida como quem sempre espera, mas não sabe o que. Onde encontrar, onde procurar..
O que machuca é sempre o novo e nunca o natural.
Busco um lugar onde eu possa me abrigar do medo que tomou conta do meu coração, mesmo que esse lugar seja o abismo.


Por: Évilin Melo

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